Os Desafios de Escrever: Quando o Trabalho Vira Palavra
- Ruy Lopes

- 24 de ago.
- 2 min de leitura
Escrever um livro sempre parece uma tarefa nobre — e é. Mas também é uma tarefa desafiadora, exigente e profundamente pessoal. Quando decidi transformar minha vivência como consultor, mentor e empreendedor em conteúdo escrito, sabia que não seria simples. Afinal, como traduzir em palavras a intensidade do campo de batalha que é o mundo dos negócios? Como transformar diagnósticos, reuniões, decisões e histórias de clientes em algo que inspire e provoque transformação?
1. O desafio de encontrar a linguagem certa
O primeiro obstáculo foi encontrar a voz certa. Como falar de liderança sem soar técnico demais? Como falar de empreendedorismo sem cair na autoajuda rasa? Era preciso encontrar o equilíbrio entre a teoria que estudo há anos e a prática que vivo diariamente com clientes reais. O resultado veio da escuta: ouvir o que meus clientes precisavam entender, e não apenas o que eu queria dizer.
2. Transformar vivência em método
Outro desafio foi organizar a experiência em um formato acessível. Ao longo dos anos, acumulei diagnósticos, análises, frases de efeito ditas em reuniões, decisões difíceis, erros e acertos — tudo isso precisava se transformar em capítulos com começo, meio e fim. Escrever me obrigou a dar nome e método ao que antes era intuição e prática. Foi um processo de auto-organização intelectual.
3. Vencer a síndrome do impostor
Mesmo com anos de estrada, escrever um livro me fez questionar: Será que isso é bom o suficiente? Será que alguém vai se interessar? É natural. O ato de escrever nos expõe. Você coloca no papel algo que será lido, interpretado e — inevitavelmente — julgado. Enfrentar esse medo fez parte da jornada. E a resposta foi simples: escrevi porque senti que precisava compartilhar. E isso basta.
4. A disciplina do invisível
No meio de tantas demandas de consultoria, reuniões, entregas e viagens, a escrita foi muitas vezes feita no intervalo entre compromissos, em voos, madrugadas ou fins de semana. Não há aplauso durante o processo. Escrever é um exercício solitário de persistência — e cada página exige disciplina emocional e foco. Mas é nesse silêncio que a transformação acontece.
Conclusão
Escrever foi uma das decisões mais difíceis — e mais gratificantes — da minha trajetória. Os livros Mentalidade Empreendedora e A Nova Liderança nasceram não apenas para inspirar, mas para sistematizar tudo aquilo que aprendi ajudando pessoas e empresas a se desenvolverem. Eles não são manuais de soluções prontas, mas convites à reflexão e à ação.
Se você também tem uma história para contar, um conhecimento para compartilhar ou uma vivência que pode transformar alguém: escreva. Porque há mais pessoas precisando da sua voz do que você imagina.
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